Revoluções na América Latina (citação)

"A derrota da revolução camponesa se deu no campo de batalha, por meio das armas e do assassinato político. Ela não morreu por ser utópica, regionalista e camponesa, como se a História pudesse, independentemente da vontade e da ação dos homens, escolher que revolução deve triunfar. A vontade e a ação do movimento camponês mostraram a todos os mexicanos que, ao contrário, a revolução não pode ser apenas administrativa, política, no sentido de se trocar um grupo dirigente por outro; mostraram a profunda raiz social- indissoluvelmente ligada à condição humana- da ação revolucionária: o anseio de milhões de trabalhadores por uma convivência social mais justa, natural e autêntica. Afinal os zapatistas compreenderam, no curso da revolução, que a luta transcendia as fronteiras do Estado de Morelos- era a revolução nacional dos oprimidos e explorados pelos capitalistas. Em 1918, o notável Manifesto ao povo, assinado pelos generais zapatistas, já não falava do Plan de Ayala, nem dos 'sulistas', mas de revolução social." (BRUIT, 1988, p. 40)


Héctor H. Bruit


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