"Decididamente não se sentia bem e, ao que tudo indica, intuiu a aproximação da morte não sem muita preocupação com o pai doente e com a família que vivia com muito aperto, dada a sua modéstia de condição. Nada difícil ver que não se estava ante um homem de letras que houvesse transigido com os poderosos, que tivesse sabido aproveitar-se do clima de trapaças, típico da Primeira República, para cavar fortuna. Menos difícil ainda ver que não se estava ante uma personalidade fraca, um coitado; Lima Barreto precisa ser visto como o típico homem forte que morreu esmagado entre, de um lado, a imagem que fez de si mesmo e seus projetos de vida e, de outro, a imagem que o meio preconceituoso lhe impingiu e a indiferença que este devotou aos seus projetos pessoais." (MORAIS, 1983, p. 30-31)
Regis de Morais
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