"O quilombo dos Palmares congregou várias aldeias ou mocambos num espaço de sessenta léguas. Os chefes mais importantes formavam um conselho e, acima de todos, havia um chefe supremo que dava àquele esboço de governo uma aparência de monarquia despótica e centralizada, necessidade forjada nas contingências da luta. A centralização rígida veio a ser uma exigência inelutável em face do perigo que representavam os múltiplos particularismos decorrentes das procedências culturais diversas. Ás vezes se fala em Palmares como "república". Essa palavra, contudo, só é valida se empregada na acepção genérica de Estado, visto que, quanto à estrutura, Palmares foi uma confederação de mocambos; e quanto à forma de governo, foi monarquia absoluta (Ganga zumba e Zumbi, respectivamente) e eletiva." (Lopez, 2001, p.46)
Luiz Roberto Lopez
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