Socialismo Celestial (Verbete)



Aos amigos leitores do Blog G.E.A Cipriano Barata

Atendendo a um pedido de um dos proprietários do blog, Rafael Freitas, que pediu uma resenha sucinta do pensamento novo do socialismo celestial para que fosse postado no grupo e se expor ao debate e a discussões, estou agradecido pelo convite e pela oportunidade de expor tal pensamento em um grupo de intelectuais interessados nos problemas político-filosóficos do mundo, mas muito mais dos que têm e tiverem ocorrência na América Latina, então vamos à resenha muito sucinta.

Como se tornou comum as pessoas quando entram em contato pela primeira vez com tal pensamento quase que de imediato, como reação instintiva, é saber com quem o mesmo nasceu e como nasceu, então vamos a este primeiro esclarecimento.

Nasceu com Gerson Soares de Melo, que teve dois nascimentos, o carnal-físico e o espiritual.

O carnal-físico se deu no ano de 1953, um nascimento que em larga medida repetiu a forma do nascimento de Jesus, de como é relatado. O relato diz que a mãe de Jesus ficou grávida dele em uma cidade, Nazaré, e por conta de um decreto governamental de recenseamento tiveram que ir á cidade de Belém. E em Belém Maria deu à luz a Jesus. Depois voltaram para a mesma Nazaré aonde Jesus passou a infância. Ora, a mãe deste Gerson ficou grávida dele no ano de 1952 em um pequeno lugar, Sandovalina, e se mudaou para a vizinha Estrela do Norte, aonde no ano seguinte aos 28 de maio então o deu à luz. Cinco anos depois, portanto em 1958, seus pais retornaram para a mesma Sandovalina aonde este Gerson ficou até os 11 anos. Se no caso de Jesus é dito na Palavra de Deus que seus pais foram para Belém para o cumprimento da profecia, Miquéias 5.2, fazendo uma exegese de Isaías 41.25 com Apocalipse 2.26-29, é possível se afirmar que os pais deste Gerson se mudaram para a vizinha Estrela do Norte também para o cumprimento da profecia, mesmo porque a Palavra de Deus amiúde fala de dois personagens crísticos e não apenas de um, como usualmente pensam judeus e cristãos. (Será preciso uma nova consciência teológica para se compreender estes dois personagens crísticos, e uma consciência teológica que além do teológico, também parta do antropológico. E já é uma descrição antecipada dos marxistas).

O seu nascimento espiritual se deu no ano de 1978 por sinal no mesmo ano em que se deu o de Lula. De modo que foi neste ano de 1978 que este Gerson teve seu encontro teofânico quando então a Divindade passou a construir nele o embasamento teórico do Governo de Cristo.

E este encontro teofânico este Gerson teve quando naquele ano de 1978 era um operário na CICA de Presidente Prudente. E convém também um relato sucinto a respeito.

Entrou no seu serviço no período noturno e no laboratório guardou suas coisas. E junto levou um exemplar da Abril Cultural dedicado à acontecimentos políticos da América Latina. E este Gerson folheando a revista viu na reportagem dedicada à revolução cubana uma foto em que nela aparecia Che Guevara montado em um cavalo branco tendo um fuzil às costas. Deixou suas coisas ali guardadas e foi para o serviço noturno aonde inspecionava a qualidade do tomate e das latas. De manhã cedo quando venceu seu turno e voltou ao laboratório para apanhar suas coisas e ir embora, porque a CICA ficava fora da cidade dezessete quilômetros, e novamente folheando o exemplar da Abril Cultural em busca da foto do Che montado em um cavalo branco e com o fuzil à costas, não encontrou mais a foto. Folheou e re-folheou, e agora toda a revista, mas a foto que vira quando chegara ao trabalho não estava lá. Comentou com o chefe do laboratório e então Darci disse: “Você se parece muito com Che Guevara. Muito mesmo.”

E foi nesta semana, que este Gerson teve o seu encontro teofânico. E assim se deu: à noite de repente começou a cantar no íntimo a música Coração Materno na voz do Caetano Veloso. Cantando no seu íntimo, sem som externo senão que interno então de repente este Adamir Gerson sentiu um grande gozo visitar seu coração. E as lágrimas escorreram pela face. Na noite seguinte foi a mesma coisa. Por volta da madrugada de repente a música tornou a voltar e ele a cantar vez após vez em seu íntimo, e novamente o mesmo gozo no espírito e o transbordamento na face. Como a música estava vindo todas as noites e ele sabendo que o resultado é que a sua face iria se encher de lágrima então quando a música vinha, para que as pessoas não vissem então ele corria e ia para o fundo do barracão. E foi assim que naquela semana noturna quando foi para o fundo do barracão que então teve o seu encontro teofânico, ocasião em que a Divindade se revelou a ele e a partir daquele momento passou a construir nele o embasamento teórico do Governo de Cristo.

E aprendia que o Governo de Cristo tinha dois lados, o da Lei e o da Graça. E aprendeu que a mesma Divindade que passou a construir nele o embasamento teórico do Governo de Cristo na verdade estava dando continuidade ao processo do Governo de Cristo que havia construído o seu embasamento teórico em Marx. Em Marx a Divindade construiu o embasamento teórico do Governo de Cristo pelo lado da Lei, revivendo a libertação do Egito e o Judaísmo; e agora, cento e trinta e quatro anos depois, começou a construir o embasamento teórico do Governo de Cristo pelo lado da graça, revivendo Jesus e o cristianismo.

E hoje, precisamente hoje, este Gerson está dizendo que se a Divindade que construiu em Marx o embasamento teórico do Governo de Cristo, Segundo a Lei, ela mesma escolheu e preparou ao Lênin para materializar na prática e na História o Governo de Cristo Segundo a Lei, a mesma Divindade, que no ano de 1978 começou a construir em Adamir Gerson o embasamento teórico do Governo de Cristo Segundo a Graça tem escolhido e preparado ao senador Cristovam Buarque para materializar na prática e na História o Governo de Cristo Segundo a Graça, que, interpretando bem, o italiano radicado no Brasil Pietro Ubaldi concebeu-o em seus vaticínios proféticos sobre o Brasil. Assim, ao par MARX-LÊNIN a História, no seu devir, teria produzido o par GERSON-CRISTOVAM. O teórico e o prático.

Mas, para se compreender essa questão dos dois personagens crísticos, cumpre se aprofundar na questão de Che Guevara, pois não foi por acaso que naquele ano de 1978, quando teve seu encontro teofânico primeiro de tudo teve a visão de Che Guevara montado em um cavalo branco com o fuzil às costas, e depois veio a saber que na verdade teve uma revelação espiritual, pois essa foto de Che não existe.

Na verdade este Gerson veio saber que o segundo personagem crístico, que tem base na antropologia, no materialismo, e tanto o profeta Isaías como o profeta Habacuque apresentaram ao segundo personagem crístico como tendo essa origem, pois o apresentam não vindo de Israel, mas de Edom, de Esaú, e na Bíblia Esaú é o símbolo do materialismo, veio a saber que o segundo personagem crístico eram dois personagens no mesmo papel, o de Cristo. Ou seja, Che Guevara e Adamir Gerson, este Gerson.

Porque o primeiro personagem crístico, Jesus de Nazaré, na verdade foram dois: o Jesus Histórico e o Jesus Ressuscitado. Jesus quando foi para Jerusalém para ser martirizado tinha consciência de que carregava em oculto um segundo corpo, guardado para a ressurreição. Ia com a certeza da morte, mas com a certeza da sua necessidade para que então o outro corpo, muito mais glorioso, pudesse então se manifestar. E seria este segundo corpo que iria atrair a si todos os homens.

Che Guevara passou por estes mesmos passos de Jesus quando foi para a Bolívia para começar a revolução mundial. Como Jesus que foi instigado por discípulos para que abandonasse Jerusalém e evitasse a quase certa morte, mas se recusou esperando pacientemente ela chegar, o mesmo aconteceu com Che Guevara. Diante do fracasso evidente da guerrilha, seguidores começaram a trabalhar para tirar Che Guevara e levá-lo para fora, para lugar seguro. Mas ele se negou a sair e ficou ali já com a certeza de que apenas a morte lhe aguardava. Acabou sendo morto numa morte que de certa forma repetiu a de Jesus. Na hora dura Jesus tremeu: “Pai, se possível afasta de mim este cálice”, e Che Guevara disse: “Não atirem; valho mais vivo que morto” (embora muitos neguem que Che Guevara tenha dito isto). Como os matadores de Jesus repartiram entre si o que Jesus carregava, suas vestes, de igual modo os matadores de Che Guevara repartiram entre si os poucos pertences pessoais de Che Guevara, sem contar de que do mesmo modo que se tomou cuidados especiais para impedir que o corpo de Jesus fosse retirado por seus discípulos e eles difundissem que ressuscitou, se tornando então mais perigoso morto do que quando vivo, assim também foi feito com Che Guevara que teve o corpo ocultado por trinta anos. No caso de Jesus, uma guarda foi colocada em volta para protegê-lo e esta guarda foi sim o ocultamento do corpo de Che Guevara. Há muito que falar sobre essa questão, porque Che Guevara nasceu no mês de maio do ano de 1928 e Adamir Gerson, vinte e cinco anos depois, aos 28 de maio de 1953; porque Che Guevara teve o seu “encontro teofânico” vinte e cinco anos depois, em 1953, e Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico realmente vinte e cinco anos depois, em 1978; porque naquele ano de 1953, quando este Gerson saia do ventre de sua mãe Gercina, Che Guevara deixava o ventre de sua pátria Argentina e começava a sua jornada revolucionária. A íntima ligação entre os dois é que Che Guevara iria começar a sua jornada revolucionária e iria deixá-la inconclusa. E então, no tempo certo, aquele que nascera em 1953, iria entrar em ação e recomeçar a jornada revolucionária de Che Guevara, mas agora em um novo corpo revolucionário, no lugar de empunhar o fuzil iria empunhar agora nas mãos um livro aberto com um lado representando o Poder da Educação e o outro o Poder do Evangelho. A combinação da Educação com o Evangelho, do Sacerdote com o Professor, da Igreja com a Universidade é então que iriam construir a nova manhã que Che Guevara foi buscar nos altos bolivianos, como aparece em um poema de Dom Pedro Casaldáliga. Oxalá que o ano de 2014 seja o ano em que este segundo personagem crístico, e este segundo Che, entre em ação. A ida de Che Guevara aos altos bolivianos não foi em vão, mas assim como é necessário que a primavera seja precedida pelo inverno de igual modo foi necessário que Che Guevara fosse aos altos bolivianos como preparação para que a Divindade pudesse colocar em ação a libertação a partir da combinação da Educação com o Evangelho, e etc.



Áudio e Vídeo






Sobre o Autor:

Gerson Soares de Melo. Nascido aos 28 de maio de 1953 na cidade paulista de Estrela do Norte, na época distrito do município de Estrela do Norte/Pirapozinho. Chamado Gerson Soares de Melo, e este sobrenome português deva ter algum sentido profético, por causa do mito do sebastianismo que ao falar "das ilhas afortunadas", da ilha distante, pode ser uma referência ao Brasil. Fez o primeiro colegial na cidade de Presidente Prudente e os dois restantes concluiu em um ano pelo Ensino Supletivo, na Escola Rio Branco em São Caetano do Sul.

4 comentários:

  1. socialismo não tem nada de celestial, tem de sangüinàrio, tem de carnificina.

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  2. Bah, Che, Gerson é tri: é Noubari Gerson Soares de Melo, é Adamir Gerson e é Cristo em pessoa que veio ensinar o socialismo celestial.

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  3. Pedro Benedetti o socialismo foi sanguinário como reação ao sanguinário que quis lhe destruir pela força. Portanto quem é mais sanguinário são estas forças que forçaram o socialismo a ser sanguinário.

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  4. O genocídio de palestinos não me parece obra de socialistas.

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