"Uma figura frágil de intelectual que um dia, em estado de depressão, declarou-se covarde, foi membro ativo desta luta. Astrojildo Pereira, na retomada na luta pela cidadania plena em condições mais favoráveis, até mais amplas do que aquelas que vigoravam antes de 64, merece ser lembrado. Não como herói, que nunca teve pretensão. Muito menos como santo, vocação que abandonou ainda adolescente. E nem mesmo como comunista apenas, embora tenha sido esta sua opção, pessoal e intransferível, definitiva. Astrojildo Pereira deve ser lembrado- e aí as vozes díspares se encontram- como cidadão. Não o cidadão que gozou os plenos direitos, mas o que lutou por eles. Cidadão do mundo de seu tempo. Contemporâneo nosso." (FEIJÓ, 1990, p. 50)
Martin Cezar Feijó
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