Programa História em Pauta Nº 30 (Rede Relações Livres)

Na edição número 30 de nosso História em Pauta, no estúdio do Ponto de Cultura La Integracion, de Porto Alegre para toda a América Latina e todo o mundo, conversamos e aprendemos um pouco sobre o mundo das relações não-monogâmicas, em um bate papo protagonizado por representantes da Rede Relações Livres (RLI). Luciana Albuquerque e Rosana Muller, após mais uma homenagem do GEACB ao professor mineiro Lúcio Júnior Espírito Santo, nos explicaram com muito bom humor questões como: a decomposição da família tradicional brasileira, o Manifesto Relações Livres, a divisão das tarefas e algumas das atividades realizadas pelo grupo que se organiza como um movimento social autônomo, liberdade e monogamia, a proposta de abolição da propriedade em relações afetivas, o Ritual das Bruxas, o feminismo como pré requisito para ser RLI, se o coletivo é elitista ou popular, como foi sua participação no Fórum Social Mundial de 2016, o enraizamento do patriarcado em nossa sociedade, as relações livres e o poliamor, a individualidade das pessoas e a organização coletiva, a consciência e a prática não monogâmica, o adultério como parte da monogamia e como a monogamia da família brasileira se apresenta. Participação do Voz do Além lendo uma citação de ”A ideologia alemã” de Karl Marx sobre a escravidão dos filhos e das esposas aos seus maridos como uma forma originária de propriedade privada. As idéias de relações livres são marxistas, pós modernas, positivistas, liberais?

Trecho de destaque da conversa, quando o assunto era a prostituição, por Rosana Muller:

“Nós, seres humanos, somos extremamente apegados ao prazer. A evolução nos presenteou com diversas formas de sentir prazer, inclusive sem a possibilidade de se reproduzir. Nós temos o clitóris lá fora, vocês homens têm uma próstata lá dentro, todo mundo tem a possibilidade de fazer o sexo sem se reproduzir. O sexo na nossa espécie tem uma função mais social e recreativa do que reprodutiva. Foi o cristianismo que tentou colocar essa coisa de que o sexo serve apenas para a reprodução, e o sexo como errado, o sexo como pecado e como tabu. Mas isso não é uma coisa da constituição da nossa espécie, muito pelo contrário. Dizem os geneticistas e pessoas que estudam a pré história, que se não fosse um período de grande promiscuidade, não teria essa variedade genética e não teria a humanidade sobrevivido nos ambientes mais hostis, como sobreviveu e como se espalhou por toda a face da terra. Se a humanidade tivesse sido monogâmica, desde a origem, ela teria se extinguido.”

Programa História em Pauta Nº 30 (Rede Relações Livres)


Convidados:Rosana Muller e Lu Albuquerque

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