"Uma das razões que os anti-soviéticos esgrimem para justificar a posição deles é a questão do partido único. Não é um argumento sólido. Em vários países socialistas vigora o pluripartidarismo. Todos são governados por uma frente única onde o PC tem hegemonia. Na Alemanha Oriental, há quatro ou cinco partidos; na Tchecoslováquia, é a mesma coisa. Lá existe até o Partido Nacional e o Partido democrata Cristão. Na Bulgária, só há dois partidos: o PC e o Partido Agrário. Existe o Partido Agrário porque a Bulgária é um país agrário por excelência. Foi lá onde vi os primeiros produtos agrícolas cultivados em estufas. Estufas imensas. Seis hectares onde se produz de tudo: pepino, tomate, etc. A produção é tão grande que é exportada. Agora, no Brasil, o PC sempre foi o mais democrata dos partidos; nós sempre defendemos o pluripartidarismo. E não há razão para sermos considerados apologistas do partido único. É uma mistificação grosseira que só serve aos que idealizaram a Lei de Segurança Nacional, feita contra nós." (MORAES & VIANA, 1982, p. 216)
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