Programa História em Pauta Nº 52 (Era Vargas)

No História em Pauta n° 52 conversamos e debatemos sobre a Era Vargas. Foi um programa bastante interativo, com participações dos professores Raul Junior Rebello Vital, Lúcio Júnior Espírito Santo, Ana,Luciana Soares, Pablo Silva, e de Rodrigo Rodrigues e Jéssica. O referencial teórico foi Leoncio Basbaum, historiador brasileiro, sinceramente panfletário. Os assuntos foram a atualidade da Era Vargas; a política externa panamericanista ou independente de Getúlio Vargas; a perseguição as esquerdas e aos estrangeiros; campos de concentração durante a Era Vargas; o ex presidente como um ditador que criou a democracia representativa de nosso país; comparações entre Getúlio e Jango, entre os governos de Dutra e de Lula, entre República Velha e Era Vargas; seus paradoxos; os golpes por ele realizados e contra ele praticados; o seu suicídio; além de muitas sugestões de leituras e reflexões sobre uma questão do ENEM de 1999 abordando o conteúdo dessa reunião de estudos. O vídeo foi produzido por Felipe Carreira, contendo fotografias da gravação no estúdio da rádio comunitária A Voz do Morro e citações do “pai dos pobres”. A apresentação foi de Fábio Melo e Rafael Freitas.

Confira algumas das falas dessa edição do História em Pauta, programa que é a tua cara e a tua História!

Fábio Melo: “O petismo pode ser dito como esquerda neo liberal. Em 89, o Lula já defendia o final da CLT, a livre negociação entre empregados e patrões, o que hoje está sendo muito discutido com o nome reforma trabalhista. Reforma anti trabalhista, na verdade. Mas o Lula já defendia isso em 89. Isso mostra que a História escreve certo por linhas tortas. Se naquela época o Lula era tido como um grande avanço no campo social e popular, hoje a gente vê que tudo aquilo que o PT pregava está comprometido com o neo liberalismo.”

Rafael Freitas: “Qual é a atualidade do assunto era Vargas? A unidade de toda a Era Vargas foram as leis trabalhistas. Mas há outro ponto que une todo esse período, que é o Estado como mediador de todas as classes na economia. Se diz que Getúlio Vargas tutelava os trabalhadores. Isso é correto. Mas é incompleto. Porque ele tutelava também as oligarquias e os industriais. Ele fez várias instituições de Estado para mediar a relação da economia com essas classes. E isso vale para todas as classes. Dessa forma, ele aumentou os gastos públicos e aumentou o Estado em uma época de crise internacional do capitalismo. E olha a diferença da forma que o governo de hoje enfrenta a crise, de modo a aprofundar essa crise!”


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