Texto publicado originalmente no Jornal de Viamão (http://www.jornaldeviamao.com.br/) e disponível em http://coluna-do-rafael-freitas.blogspot.com.br/search/label/15%20-%20Na%20Am%C3%A9rica%20do%20Norte%20os%20mexicanos%20vivem%20o%20golpe%21
O presidente mexicano Enrique Peña Nieto parecia dar passos na direção de defender os direitos homossexuais de casamento e o uso medicinal da maconha. Sua reforma educativa parecia visar a transformação do México através da educação dentro da escola de seis a oito horas diárias, formando alunos preparados para o mundo globalizado. A escola, conforme esta reforma constitucional para a educação formal, deveria ser alvo de maior participação das autoridades, dos pais de família, consolidando o aproveitamento escolar para obtenção de um futuro melhor em um Novo México, mais justo e competitivo. O governante do México é do Partido Revolucionário Institucional, mas a reforma para a educação resultou da ação conjunta do PRI com o Partido de Ação Nacional (PAN) e com o Partido da Revolução Democrática (PRD) através do Pacto para o México. A linha mestra da enganação presente nas leis que formam a mencionada reforma é a neutralidade.
O país mesoamericano está dividido em 32 estados. E em 28 deles estão ocorrendo greves de professores que são contra a reforma educacional de Enrique Peña Nieto. A greve iniciou em 15 de maio e está mais concentrada na região outrora marcada pelas ações revolucionárias de Emiliano Zapata. Como no tempo do porfiriato, hoje a prática do direito de greve é punida com a pena de morte. Dias atrás um bloqueio de estrada em Oaxaca, no sul do México, resultou em cinco professores assassinados pela polícia de Peña Nieto. Mas como podem estes professores lutarem contra uma medida que o governo afirma contribuir para melhorar a educação? Os professores estão interpretando as intenções do governo para muito além da aparência. Dito isso, criticam a reforma de diversas maneiras. Acusam que o sentido verdadeiro destas medidas é da retirada dos direitos dos docentes, da privatização da educação, da obediência a imposição de organismos internacionais, do enfraquecimento dos sindicatos, da punição aos educadores pela má qualidade do ensino, entre outras críticas. Peña Nieto protagonizou a invenção de uma mera aparência: de um partido originário da revolução mexicana, em um governo preocupado com os direitos humanos, com a legalização da maconha e com a educação, promovendo um ensino de tempo integral. Mas a realidade mostra algo muito diferente, senão o contrário, e bastante parcial.
A criminalização do protesto social é um dos sinais desta oposição entre a superfície e a verdade. O partido de Peña Nieto não institucionalizou a revolução como insiste o seu nome, mas a fraude eleitoral. O regime vivido não é a democracia, mas outro hegemonizado pelo autoritarismo. A morte dos professores, que veio acompanhada dos mais de 90 feridos e 21 detidos, é eloqüente, nesta direção. A reforma, que os manifestantes querem abolir, foi adotada há três anos, e causou milhares de demissões injustas, prejudicando a educação. O PRI, hoje, representa um golpe nas heranças deixadas para os Estados Unidos Mexicanos, pelos movimentos de José Doroteo Arango ou Pancho Villa, Emiliano Zapata Salazar e Francisco Ignacio Madero González.
O país mesoamericano está dividido em 32 estados. E em 28 deles estão ocorrendo greves de professores que são contra a reforma educacional de Enrique Peña Nieto. A greve iniciou em 15 de maio e está mais concentrada na região outrora marcada pelas ações revolucionárias de Emiliano Zapata. Como no tempo do porfiriato, hoje a prática do direito de greve é punida com a pena de morte. Dias atrás um bloqueio de estrada em Oaxaca, no sul do México, resultou em cinco professores assassinados pela polícia de Peña Nieto. Mas como podem estes professores lutarem contra uma medida que o governo afirma contribuir para melhorar a educação? Os professores estão interpretando as intenções do governo para muito além da aparência. Dito isso, criticam a reforma de diversas maneiras. Acusam que o sentido verdadeiro destas medidas é da retirada dos direitos dos docentes, da privatização da educação, da obediência a imposição de organismos internacionais, do enfraquecimento dos sindicatos, da punição aos educadores pela má qualidade do ensino, entre outras críticas. Peña Nieto protagonizou a invenção de uma mera aparência: de um partido originário da revolução mexicana, em um governo preocupado com os direitos humanos, com a legalização da maconha e com a educação, promovendo um ensino de tempo integral. Mas a realidade mostra algo muito diferente, senão o contrário, e bastante parcial.
A criminalização do protesto social é um dos sinais desta oposição entre a superfície e a verdade. O partido de Peña Nieto não institucionalizou a revolução como insiste o seu nome, mas a fraude eleitoral. O regime vivido não é a democracia, mas outro hegemonizado pelo autoritarismo. A morte dos professores, que veio acompanhada dos mais de 90 feridos e 21 detidos, é eloqüente, nesta direção. A reforma, que os manifestantes querem abolir, foi adotada há três anos, e causou milhares de demissões injustas, prejudicando a educação. O PRI, hoje, representa um golpe nas heranças deixadas para os Estados Unidos Mexicanos, pelos movimentos de José Doroteo Arango ou Pancho Villa, Emiliano Zapata Salazar e Francisco Ignacio Madero González.
Rafael da Silva Freitas: Nasceu no dia 29 de dezembro de 1982 em Santa Maria, RS. Historiador. Membro Permanente e fundador do Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata. Produtor e radialista do programa "História em Pauta" na rádio A Voz do Morro. Colunista no Jornal de Viamão.
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