ENTREVISTA COM O JORNAL REVOLUCIONÁRIO A VERDADE


Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata- Quando e como foi o início do jornal A Verdade? 

O jornal A Verdade foi fundado em 1999 fruto da necessidade de construirmos um órgão de imprensa que pudesse fazer um contraponto à mídia burguesa, completamente dominada pelos capitalistas, e coesionar, desenvolver e orientar diversos movimentos que objetivam a construção de uma sociedade socialista, conquistada e organizada pela classe trabalhadora. 

Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata- Qual o impacto do jornal A Verdade na luta de classes no Brasil? 

O jornal A Verdade, nesses 20 anos, conquistou um lugar destacado junto ao povo brasileiro. Hoje é o único jornal popular que conta com milhares de militantes organizando brigadas em todo o país, metodicamente, em praças, trens, ônibus, fábricas, grande centros comerciais e etc. O jornal é construído por movimentos sociais de luta por moradia, de mulheres, sindical e de juventude e tem um papel ativo em todas as ocupações, greves, passeatas e demais formas de lutas encampadas por esses movimentos.

A Verdade é uma das leituras necessárias para entender a realidade brasileira

Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata- Qual análise vocês fazem do governo Bolsonaro? Esse governo pode ser considerado fascista? 

Em nossa opinião, apesar de considerarmos Bolsonaro e sua turma como um grupo de fascistas que estão no governo lutando para imporem o fascismo em nosso país, não consideramos ainda que estamos atuando debaixo de um Estado Fascista. Consideramos que estamos lutando contra um governo de extrema direita, ultraprivatista, completamente liberal, apoiado pela camada mais atrasada das forças armadas, pelo fundamentalismo religioso e que quer nos levar ao fascismo. No entanto, a luta empreendida para derrubar a ditadura militar de 64, que custou o sangue de muitos revolucionários, efetivamente conquistou a democracia limitada que temos, o direito ao voto, a liberdade de imprensa, de expressão e para nós, é isto que objetivamente está vigente. Ainda não estamos debaixo de um Estado de Exceção fascista, como defende Bolsonaro e seus correligionários. 

Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata- Quais as dificuldades enfrentadas e as perspectivas para o futuro? 

A principal dificuldade para um jornal popular é o financiamento. Afinal não aceitamos o financiamento de nenhum capitalista, não fazemos propagandas de empresas capitalistas em nossas páginas, não aceitamos intervenção dos ricos em nossa linha editorial e vivemos apenas da contribuição de nossos leitores. Mesmo assim o nosso jornal não pára de crescer, de chegar em mais locais de grande concentração de trabalhadores, em mais Estados, em mais cidades. A nossa tiragem tem aumentado consideravelmente e objetivamos muito breve transformar o nosso jornal, que hoje é mensal, em quinzenal. 

O jornal A Verdade é direcionado para a classe trabalhadora

Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata- Quais os valores que carregam as pessoas que produzem o jornal A Verdade?

Somos uma imprensa construídas por militantes revolucionários, socialistas, comunistas, patriotas, democratas consequentes. A solidariedade, a identidade de classe, a honestidade, a simplicidade, a defesa da revolução e do socialismo são marcas profundas que com certeza unem todos esses militantes.

Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata- Muito obrigado por responder essa entrevista para o blog do Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata. Finalizem com um recado para o povo brasileiro e latino americano!

Somos muito gratos pelo espaço proporcionado pelo Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata. A luta pela libertação da humanidade da exploração advinda da propriedade privada dos meios de produção já vem de longa data. Estamos convencidos de que a cada dia que passa estamos mais próximos de conquistá-la. Essa certeza nos dá uma imensa força! O povo brasileiro é um povo lutador com um grande histórico de enfrentamento e resistência à opressão dos poderosos e do imperialismo. A exemplo do que acontece no Equador, na Venezuela, na Argentina, na Colômbia e em toda a América Latina, é possível ver que se avizinha um momento de grande acirramento da luta de classes em nosso continente e no mundo. O povo brasileiro que se viu traído ao ver bandeiras históricas serem abandonadas pelos partidos reformistas, se organiza cada vez mais para produzir uma alternativa à crise, ao desemprego, à falta de moradia, às privatizações, aos baixos salários, às privatizações, à violência contra a mulher e o povo negro. Essa alternativa passa por um movimento de grande unidade popular para barrar a ofensiva imperialista, não permitir o aumento da exploração, na devida oportunidade inclusive liquidá-la completamente e conquistar a sociedade nova, o Socialismo. Venceremos!

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