O que leva pessoas a ocuparem uma terra, em plena vigência da pandemia do COVID-19, é unicamente a necessidade de uma vida digna, já que o poder público municipal não tem política pública para moradia! Esse o entendimento do GEACB em cobertura das lutas desse povo que enfrentou diversos perigos, inclusive diante de um incêndio em plantação realizada para criminalizar as famílias de trabalhadores que reivindicam um lugar para morar e viver bem. A Ocupação Primeiro de Maio, no bairro Maria Regina em Alvorada/RS, está de parabéns.
Enquanto a comunidade da Ocupação aguardava apreensiva a ação de remoção e despejo que estava marcada para amanhã, dia 20 de maio, às 6 horas, o nervosismo deu lugar ao alívio e felicidade, por que o judiciário estadual suspendeu o cumprimento da reintegração de posse da área. Haverá intimação para a prefeitura, objetivando que ela se manifeste quanto à existência de área adequada para o pronto direcionamento das famílias ocupantes e será designada uma audiência de conciliação, com a presença da municipalidade, que até o momento apenas ignorou a existência das pessoas que hoje estão na Ocupação Primeiro de Maio.
Essa pequena vitória é fruto da mobilização popular, com apoio de organizações como NAMPIS (Núcleo de Apoio a Moradia Popular e Interesse Social) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), além do suporte dos alvoradenses dos arredores da área que liberaram uso de energia e fizeram doações de materiais de construção, entre outras formas de solidariedade.
Vídeo enviado ao GEACB pela Ocupação
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