CITAÇÃO HISTÓRICA: ESTADO NOVO E SEUS EFEITOS NO MOVIMENTO OPERÁRIO

“O governo, prevendo o avanço popular, iniciou sua ação repressiva. E em 4 de abril de 1935, cinco dias após o primeiro comício da ANL, decretou a Lei de Segurança Nacional, que proibia o direito de greve e dissolvia a Confederação Sindical Unitária, tida como clandestina por se constituir à margem dos sindicatos oficiais. Alguns meses depois Filinto Müller, chefe da polícia do Distrito Federal e adepto do nazismo, a mando do Governo, decreta a ilegalidade da ANL. Não podendo mais atuar legalmente os aliancistas optaram pelo levante armado. Sem o necessário apoio das massas, foram violentamente reprimidos. O Governo intensificou a repressão e decretou o Estado de Sítio. Criou ainda a Comissão de Repressão ao Comunismo; as lideranças sindicais e operárias foram presas, deportadas e mortas e os sindicatos combativos foram sumariamente fechados. Naquele momento assistiu-se à grande derrota do movimento sindical e operário no Brasil e à perda de sua autonomia. Com razão disse o historiador Edgard Carone: ‘para o operariado, o Estado Novo começou em novembro de 1935’.”

Ricardo L. C. Antunes, em “O que é sindicalismo”.

ANTUNES, Ricardo L. C. O que é sindicalismo. 12° ed. São Paulo: Abril Cultural, Brasiliense, 1985. (Coleção Primeiros Passos, 24, p. 61-63)

 


 

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