“Os
diversos grupos que se formaram em torno da proposta de luta armada
consideravam-se ‘marxistas-leninistas’ e, como tal, atribuíam à classe
operária o papel de dirigente do processo revolucionário. Entretanto,
eles permaneceram numa relação de exterioridade com o movimento
operário. Isolados da massa, os guerrilheiros procuravam de fora
‘excitar’ os trabalhadores através de ações audaciosas.
Uma dessas
ações era conhecida como propaganda armada e consistia na invasão de uma
fábrica pelo comando guerrilheiro que, com metralhadoras na mão,
ocupava o local, intimidavam os gerentes e chefetes, fazia discursos e
soltava panfletos para os operários conclamando-os a se engajarem na
luta contra a ditadura.”
FREDERICO, Celso. A imprensa de esquerda e o movimento operário (1964-1984). São Paulo: Expressão Popular, 2010, p. 82.
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